Fevereiro 2011

Palavra do pároco

Meus caros paroquianos

Logo mais, estaremos iniciando o tempo quaresmal e, com ele, a Campanha da Fraternidade. Todos os anos, a Igreja, como Mãe e serva, nos apresenta temas muito importantes para a nossa reflexão, convidando-nos a rever nossos conceitos e a nos conscientizar do mal que muitas vezes e sorrateiramente nos aflige. Como Mãe, a Igreja está sempre atenta aos perigos que rondam a vida dos homens e nos alerta cuidadosamente, para que não nos descuidemos diante da missão que recebemos, como administradores dos bens que foram deixados como herança aos nossos ancestrais, de cuidarmos com carinho desta terra que a toda humanidade pertence. Como serva, a Igreja não se omite em sua missão de anunciar a verdade, embora ela seja doída, e denunciar o mal que brota do coração do homem.

Mas será que estamos ouvindo os conselhos de nossa mãe? Será que estamos prestando atenção aos sinais que nos estão sendo enviados pelo mar, pela terra, pelo ar e pelos céus? Impossível não termos ainda percebido o clamor que brota da natureza sofrida pelas mãos impiedosas e gananciosas, que não titubeiam em sangrar e destruir o que existe de mais sagrado, ou seja, a vida, nas suas mais variadas formas. A cobiça e o egoísmo tiram a sensibilidade do coração do homem e o impedem de ver que tudo é dom de Deus e que todos os seres vivos têm o mesmo direito à vida. Fazemos parte da natureza e, quando a agredimos, estamos nos agredindo a nós mesmos. Mas parece que para muitos isso ainda não foi percebido. O dinheiro, o lucro fácil, a ignorância e outros fatores tornam o ser humano cego e surdo diante dos gemidos da terra.

Neste ano, a Campanha da Fraternidade nos adverte mais uma vez: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8, 22). Somos otimistas a respeito da pessoa humana, achando que há sempre possibilidade de conversão e de mudança no coração humano, mas será que já não perdemos tempo demais com discussões e decisões que nunca saem do papel, enquanto as geleiras estão se derretendo, as matas estão sendo derrubadas, os animais destruídos, as águas cada vez mais poluídas? Estamos nós mesmos destruindo a nossa casa e ainda muitos têm a coragem de dizer que isto é vontade de Deus?

Ah! Tenha santa paciência!!!!!!!!!!!!!

VOCACIONADO DIOCESANO!!!

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